O que vai ter na sede própria da Câmara?

Para responder esse questionamento, o coordenador do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (Emau) da Univates, professor Alex Carvalho Brino apresentou, na tarde desta terça-feira, dia 12, as bases e diretrizes do concurso que irá escolher o esboço do projeto da sede própria da Câmara de Vereadores de Lajeado. Também participaram do momento, os arquitetos Laura Costa e Henrique Caumo, além da estagiária Danielle Rockenbach.

Após visitar as dependências da atual sede do Legislativo, no Genes Work & Shop, e conversar com o presidente da Casa, vereador Eder Spohr (MDB) foi possível chegar a um resultado que não envolva um valor tão elevado (o último projeto estava orçado em R$ 20 milhões), mas que também atenda as necessidades dos vereadores, assessores e comunidade. “Desde o início priorizamos a transparência. Enviamos convite para as entidades participarem dessa apresentação e queremos que esse concurso envolva o maior número de pessoas”, disse Spohr.

Em sua fala, o professor Alex falou que o espaço ocupado hoje pela Câmara é precário e isso foi percebido após a visita feita em todas as salas nos dois andares do prédio. “A situação é complicada e quase constrangedora.” Sobre a nova sede, ele explicou que o prédio será feito na Rua Júlio May (antiga Praça Mário Lampert), no Centro da cidade, e terá um pouco mais de 1,6 mil metros quadrados de área construída. Serão 70 vagas de estacionamento, sendo 40 para vereadores e 30 para a comunidade em geral; o Plenário terá capacidade para 314 pessoas sentadas; haverão 21 gabinetes, com sala e antessala, e um espaço para a presidência, com local de reuniões (veja em arquivos anexados a descrição completa do projeto). “A ideia é colocar os pés no chão.”

Opiniões dos vereadores

Durante a apresentação, os questionamentos mais presentes foram a respeito do número de vagas de estacionamento e capacidade de pessoas no Plenário. Os vereadores Paulo Tori (PPL) e Waldir Gisch (PP) acreditam que o Plenário poderia ser utilizado para eventos externos, caso sua capacidade fosse um pouco maior do que a apresentada. “Muitas pessoas precisam de um espaço para fazer o seu evento e não têm condições de pagar o aluguel de um salão do CTC ou o Teatro da Univates.”

A vereadora Neca Dalmoro (PDT) discorda do colega. Ela acredita que 314 vagas é o suficiente, já que poucas pessoas assistem as sessões semanalmente e com a capacidade apresentada será possível ceder o Plenário para diversos eventos. O presidente da Casa concorda. “Não podemos esquecer que tudo o que aumentarmos de construção, isso aumentará o valor a ser investido. Temos que pensar em um projeto que atendas as necessidades, mas que não seja fora da realidade local.” O vereador Ernani Teixeira (PTB) diz que 250 lugares seria o suficiente. “Já é difícil encher esse Plenário, imagina um com capacidade para mais de 300 pessoas.”

Sobre o estacionamento, o vereador Waldir Blau (MDB) apontou que o número de vagas apresentadas é insuficiente. “Somente entre os vereadores e funcionários já são mais de 50 pessoas. Acredito que esse número deveria ser revisto.” Em contraponto, Spohr disse que esse é o objetivo da apresentação. “Estamos aqui para ouvir a opinião de todos e chegarmos a um consenso. Mas, na minha visão, 70 vagas é um bom número.”

O concurso

De acordo com o professor Alex, o concurso será lançado na primeira segunda-feira de retorno às aulas, após as férias de Inverno. “Vamos divulgar o problema e o tema. Eles terão 45 dias para apresentar o seu projeto. Depois disso, teremos uma semana para organizar a avaliação dos inscritos.” A ideia é que, no máximo, em 60 dias o esboço do projeto da sede própria da Câmara de Vereadores seja entregue ao presidente da Casa.

Data de publicação: 13/06/2018

Créditos: Carolina Gasparotto

Créditos das Fotos: Carolina Gasparotto